quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Pra ela sorrir


Disse que sempre que lê um texto meu sente vontade de chorar. Ela sempre se emociona com declarações de amor. E eu gostaria de fazer uma daquelas que, ao contrário de lágrimas recheadas de saudade de um tempo que não vai voltar, risos constantes sejam presentes a cada palavra percorrida com o teu olhar. Hoje eu quero ver o teu sorriso de menina, o teu sorriso mais escancarado daqueles que até os queiros aparecem sem querer. Quero vê-la sorrindo hoje, assim como ontem e nos outros dias em que vivemos, quero vê-la feliz por toda a sua vida e ainda acho pouco.
Começo a ter lembranças antigas da época em que eu não conseguia distinguir sonho de realidade...
Lembra do banho que te dei quando brincávamos de molhar uma a outra, pegando água do tanque com as mãos? Era para ser com as mãos, mas acabei cometendo excessos, terminei por encher o balde e encharcar todo o teu vestido azul de bolinhas brancas da Lilica Repilica. Aquele banho foi uma prova de que te amo exageradamente. Pode crer!
Lembra quando levantei o teu vestido na porta da rua e te deixei muito envergonhada por que o Danilo passava bem na hora? Foi por que amo você.
Lembra quando eu saia puxando a tua perna de um lado a outro da casa só para ver você pulando de um pé só e sorrindo desenfreadamente até que eu a soltasse e você brigasse comigo? Era por que amo você.
Lembra quando puxei o teu cabelo com força por que não queria que você me deixasse na sala de aula sozinha com todas aquelas pessoinhas desconhecidas? É... Foi por que te amo e adoro a tua companhia.
Lembra quando nós pensávamos que andaríamos juntas o tempo inteiro desde quando 'você levava o pão e eu a margarina' até quando nos tornássemos velhinhas?
É... O tempo vai fazendo com que a gente mude de comportamento, de hábitos e companhias, mas, com certeza, o amor só vai aumentando com o passar dos dias, das horas e do vento, independente dos caminhos às vezes meio contrários em que andamos.
Tenha certeza de que eu estarei sempre contigo, até mesmo se estivermos distantes um dia.
Queria ser teu anjo da guarda, mas sabe, de anjo eu não tenho nada e você é teimosa demais para que eu possa te cuidar 24 h. por dia. Por isso assumo meu papel de irmã menor e fico ao teu lado torcendo para que sejas imensamente feliz a cada dia. Até te escrevo uns textos para ver você sorrir.

Minha irmã, obrigada por dividir comigo o espaço, os chocolates medidos a régua, as alegrias e o amor de nossa mãe.


Eu amo você.

[Laiana Vieira.]

11-11-10. 23h. 34min.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A UM AMOR QUE O TEMPO LEVA JUNTO À ELE*. Tornando-o cada vez maior à proporção que esse tempo passa pelas nossas vidas


Escrevo umas palavras tortas num papel reciclado e espero que o encanto que depositei se faça presente onde quer que você esteja na hora em que ler. Espero que os mesmos sentimentos que tomaram conta da minha alma, das minhas mãos e da caneta azul que segurei ao escrever, te presenteiem agora, invadindo o teu doce coração com a mesma paz que sinto só de pensar em ti. Espero também que só essa paz te acompanhe quando percorrer os teus olhos sobre as letras derramadas, e não esse vazio que me segue ao me lembrar que não te tenho aqui entre os meus laços e abraços, já tão teus.
Queria ter o poder de me tele-transportar... Com certeza eu estaria perto de ti ontem a noite, hoje de manhã, a tarde te faria uma visita surpresa e agora simplesmente eu estaria demonstrando todo o meu carinho com palavras faladas ao invés de escritas, melhor, não usaria palavra alguma, arrumaria outro jeito de demonstrar isso através de meus olhos, lábios e tato. Sei que você entenderia.
Escolho as palavras de maneira com que não se tornem frases de uma carta que, de tão romanticazinha, se torne brega demais para um romance do século XXI- ainda que não adiante muito-. É que 'cartas', 'amor' e 'cartas de amor' tem se tornado coisas antigas, distantes e bregas mesmo, não tem jeito.
Mas eu escrevo, deixando que o meu coração fale mais alto e não me importando com os clichês. Eu só quero que sinta o que deposito aqui. Ainda que eu não possa me tele-transportar, estar presente nas tuas manhãs ou poder te colocar para dormir à base de beijos e carícias, pode crer que estou contigo a todo momento. Estou contigo quando vou ao trabalho, quando escuto música alto ou baixo, quando vou à faculdade, quando pego o telefone, quando abro um livro, quando bebo água, quando eu respiro.
A cada palavra que escrevo imagens tuas transitam em minha memória. E eu posso ver os teus olhos de sempre que me fascinam ao encontar os meus, posso ver você sorrindo e brincando, posso ver nós dois dançando a sós na sala de estar, ver todas as tuas expressões, a tua alegria e chego até a sentir o teu sabor.
Algo inexplicável para uma jovem que começa a entender que nem tudo precisa fazer sentido, o amor existe no seu coração, e isso é o que basta.

Eu te agradeço, meu amor, por existir. E fazer parte de mim.

Dorme bem, meu anjo.
.
(Laiana Vieira) 03/11/2010- 23h58min.

♪"As palavras saem quase sem querer,
Rezam por nós dois,
Tome conta do que vai dizer...
Elas estão dentro dos meus olhos,
Da minha boca,
Dos meus ombros,
Se quiser ouvir é fácil perceber..."
(Vanessa da Mata)

sábado, 16 de outubro de 2010

O aniversário


É um dia como tantos outros... Mas para mim é um pouco mais especial. Sabe por quê?

Por que hoje de manhã os passarinhos cantaram "parabéns pra você" em ritmo de arrocha. [Sei que você adora.]

Por que essa tarde estava mais ensolarada e o céu estava todinho azul com os raios ultravioletas penetrando até pelo telhado.

Por que nesse sábado à noite, colocaram uma lâmpada de boate que não pisca no céu e depois jogaram purpurina.

Dá para entender?

Ainda que o mundo ache que é um dia como tantos outros, os Deuses resolveram preparar uma festinha surpresa para você.
Eu adoraria comemorar junto à você, [meu irmão mais velho que eu], mas é que perdi o vôo e os correios não aceitaram me levar embalada numa caixa com um laço vermelho em cima. Se ao menos eu tivesse conseguido um laço azul, quem sabe. Mas tudo bem. O que eu quero te dizer é que tenho o maior orgulho de te ter como irmão, ainda que nunca tenhamos caçado piloto juntos e nem brincado de amarelinha na frente de casa.


Eu adoro tê-lo como irmão por que você vive me dizendo que estudar não serve pra nada e me enchendo a paciência me mandando ir estudar. Por que você vive criticando o meu jeito bobo de fazer piada sem graça rindo delas sozinha e depois, quando eu fico séria, fica me enchendo a paciência tentando me fazer voltar a contá-las. Por que você diz que eu sou mulher para casar, mas pula fora quando o assunto é se casar comigo. [hehe] Por que mesmo vivendo em ambientes diferentes e antes de nos encontrarmos pela primeira vez a gente descobriu que temos mais coisas em comum do que imaginamos. É... Coisas da vida.

Te levo sempre no meu coração, maninho.

Gostaria de ter uma contribuição para tua felicidade hoje e por isso tento me fazer presente neste dia, escrevendo umas verdades num pedaço de papel virtual.

Parabéns!!!!

Felicidades em toda a tua vida. Onde quer que estejamos, seja perto ou longe, pode ter certeza de que estarei torcendo por ti.

Um beijo.
Com amor,
[Laiana Vieira]

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Para sempre, TE AMO

Melhor pensar que é para sempre. Poesia é poesia! Às veses ela pode até superar a barreira do papel empoerado e ser vivida realmente, quem sabe!
É... Melhor pensar que é para sempre.
.
Eu senti vontade de sorrir, mas não soube explicar o motivo direito. Disse apenas que estava feliz quando me perguntou. E isso foi suficiente para que você me abraçasse mais forte. Desconfio que você sabia bem o motivo, mas queria que eu usasse das minhas palavras de "letróloga sem futuro", só para te deixar com o ego mais elevado. É isso aí.
Queria que eu falasse que estar perto de ti me deixa feliz, que as nossas conversas me causam frouxos de risos, que os teus abraços me fazem sentir mais segura, que o teu jeito de pegar na minha mão e fazer com que eu ande sempre pelo canto da rua me faz sentir protegida, que os teus beijos me deixam com vontade de te beijar mais ainda, que o teu peito é o melhor abrigo que eu posso desejar e que você é a pessoa com a qual eu quero estar- por quanto tempo eu não sei, eu apenas quero estar-.
Você queria que eu falasse, mas achei melhor não explicar. Por receio de tornar sério um momento tão descontraído em que eu apenas sorria e você me abraçava. Estar feliz já era explicação suficiente.
Continuamos a caminhar de mãos dadas pela praça enquanto um senhor fotografava as nossas expressões apaixonadas e se lembrava do tempo em que já sentiu a mesma felicidade. Foi então que, inesperadamente, nos entregou a fotografia, revelada na hora, e disse: "O amor existe mesmo, jovens! Vocês não são os únicos bobos que pensam estarem excluídos do planeta. Aproveitem! E não se esqueçam de uma coisa, aconteça o que acontecer digam "eu te amo" antes de dormir e tomem sempre o café juntos, os melhores momentos da vida são os mais simples e um dia desperdiçado pode fazer muita falta e causar arrependimentos também. Agora eu vou indo, a minha filha me espera para o café."
A paisagem engole o senhor que caminha em direção à sua casa. A cena conclui-se com um beijo interminável- daqueles que até os olhos mudam de cor-. ♥
.
[Laiana Vieira.]

♪♪"... E se o tempo levar você
E um dia eu te olhar e não te reconhecer
E se o romance se desconstruir
Perder o sentido e eu me perder por aí
...
Mas nós somos um quadro de Klimt
"O Beijo" para sempre fagulhando em cores
Resistindo a tudo
Seremos dois velhos felizes
De mãos dadas numa tarde de Sol
Para sempre, TE AMO. Te amo... te amo..."♪
(Vanessa da Mata)


(Primavera, 14-10-10 23h05min. Nem frio, nem calor.)

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Inverno gelado e quente

Hoje a chuva resolveu voltar, talvez só para se despedir, o inverno acaba daqui a algumas horas e depois de dias ensolarados, um dia frio só para que ninguém esqueça que ainda não trocamos de estação.
Hoje a chuva veio e respingou na janela. Eu estava só. Fiquei observando todos aqueles pingos cobrindo o vidro até que não sobrasse mais espaço e escorressem janela abaixo. O vento entrava pelas frestas e fiquei me lembrando dos dias- desse inverno gelado e quente-. Quente quando você esteve comigo. Quando você me ofereceu o seu casaco ao me ver tremendo de frio; quando eu recusei o casaco e você me deu o calor dos seus próprios braços; quente quando eu não precisei de cobertor na hora de dormir, pois você fez esse papel perfeitamente.
Foram os dias mais quentes deste inverno gelado. Naqueles dias a minha alma também estava aquecida...
Mas daí vieram os dias frios...
Frios quando eu não tive o calor dos teus abraços; quando eu precisei multiplicar os cobertores e meias durante a noite; quando eu tomei banhos quentes e segurei a xícara com café mesmo sem querer bebê-lo; frios quando você não estava ali pronto para me acolher nos teus afagos e transferir a mim um tanto do teu calor.
O inverno só é bom quando alguém te aquece, do contrário são apenas arrepios, mangas cumpridas, biscoito molhado no café e vazio. É esse tal vazio que me faz tremer...
Eu poderia querer que fosse diferente, mas de qualquer forma não teria graça, o inverno é igual para todos, o que muda é como a gente passa por ele... As canções que a gente escolhe como trilha, a temperatura do nosso chá, a abertura da janela do quarto e, principalmente, quem está ao nosso lado dividindo tudo isso.
Agora o que resta é a lembrança deste inverno que está se indo... O que resta é o limo verde pelo chão, é a terra encharcada, é o cheiro da chuva e os pingos da janela que ainda permanecem por algum tempo, até que o vento os leve de volta para alguma nuvem distraída, para que ela os guardem para o próximo inverno ou até os transformem numa chuva de verão.
E amanhã, quando a primavera já estiver chegado, restará o orvalho na pétala de alguma flor que se fizer presente no caminho por onde passarmos.


[ Laiana Vieira.]

terça-feira, 17 de agosto de 2010

De repente meia noite


O dia da Cinderela uma hora iria findar,
Mas ela esqueceu que o tempo passava e continuou a desfrutar, distraída, do seu melhor sorriso.
Como se o relógio não fizesse voltas ameaçadoras
E o tempo não se transformasse no seu pior inimigo...
Já estava perto da meia noite e ela havia esquecido mesmo
Das horas, dos compromissos, do tédio, dos medos...
Tudo de que se lembrava era do dia em que vivia e dos olhos de seu príncipe encantado que permanecia bem ali, à sua frente.
A Cinderela havia esquecido a sua própria história,
Aquela em que tudo se transformava num piscar de olhos, assim que os sinos soassem, afirmando ser meia noite e um.
Ela, rodeada de sonhos, afagos, um vestido azul e um par de sapatos brilhantes, só tinha olhos para as fantasias que a rodeava naquele momento.
E se recusava a correr dali deixando para trás apenas seu sapatinho de cristal...
Nem pensava em acordar daquele sonho. Ela tinha medo disso, simplesmente por estar vivendo um momento encantado.
Queria ficar e nunca mais perder de vista o seu principezinho de abraços perfeitos.
Mas, era hora,
E o relógio já não tinha mais como arrastar o tempo...
Os sinos, sem piedade, soaram inquietos!

Fim do dia. Lágrimas. Fim do sonho.

Fecharam-se os olhos.
E no dia seguinte, quando a luz do Sol atravessava as cortinas da janela de seu quarto, ela acordou.

Nem quis pensar antes de abrir os olhos...

Abriu-os e pronto!
Olhou em volta e, surpresa, sorriu.
Sorriu por perceber que não foi um sonho de contos de fadas
Melhor, percebeu que foi real e que ela guardaria suas fotos, o seu vestido, os sapatos e, apesar de ter passado, ela guardaria o mais importante
As lembranças,
Que ninguém jamais poderia arrancar de dentro de seu peito.
[Laiana Vieira]
Santo Antonio de Jesus- BA- 19 de agosto de 2010.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O mundo lilás da Lua

O mundo da Lua é um mundo restrito.
Não é para ser invadido e trilhado por qualquer um!
Mas, por quem tem a sabedoria de conquistar a chave.
Quem tiver esse prazer que entre, sinta, contemple esse espaço
Cheinho de coisas lilás e um abajur sobre o criado
Só para dar uma luminosidade mais especial ao ambiente
Apesar da Lua já possuir brilho demais, naturalmente.
Esse mundo ao qual me refiro é cheio de delicadeza e perfume feminino,
Cheio de beleza, elegância, salto alto...
O mundo da Lua é mágico!
E ela, encantadora.
Bom mesmo é me perder por esse espaço e amar, amar, amar essa luz que me acompanha onde quer que eu esteja.
Serei como uma estrela a te acompanhar também.
Guardo a cópia da chave que possuo, pois tenho medo de perder a original
E ficar sem frequentar o mundo lilás da Luazinha que dorme ao lado.


Mais Luz nos teus dias.
(Laiana Vieira)
♪♪ "Luz das estrelas, laço do infinito, gosto tanto dela assim..."
"... Esse imenso desmedido amor, vai além de seja o que for
Vai além de onde eu vou, do que sou, minha dor, minha LINHA DO EQUADOR..."
"... Mas é doce morrer nesse mar de lembrar e nunca esquecer,
Se eu tivesse mais alma pra dar eu daria, isso pra mim é viver..." ♪♪ (DJAVAN/ CAETANO VELOSO)

sábado, 7 de agosto de 2010

Olhos que se calam para um descanso

Meus olhos são feito gente que não tem educação.
Por isso é que costumo usar óculos escuros!
Minha boca rosada pelo batom que uso para decorar, se cala!
E meu corpo pede PAZ...
Pede tecidos leves, pede brisa, pede sol de fim de tarde...
Se eu não escondo os meus olhos, acabo criando uma confusão desmedida.
Acabo comprando briga, quando a única coisa que o meu corpo pede é PAZ.
Bom mesmo é ler um livro do Quintana sob a sombra de uma árvore
E ouvir uma baladinha que me faça lembrar alguém...
Escolher as cores para esta tarde e só daí tirar os meus óculos escuros...
Baixar as vistas para as páginas do livro,
Escutar a poesia,
Viajar na melodia e rezar...
Rezar para que ninguém me note.
Não estou nem um pouco afim de causar reações e tumultos.
Eu só quero PAZ.
E tenho consciência de que não é pedir muito.
Esses sentimentos internalizados e esse esconderijo tão secreto de pensamentos não são, para mim, hipocrisia.
Nada!
Se trata apenas de uma escolha...
Uma escolha para este fim de tarde.
E só.

(Laiana Vieira).

quarta-feira, 28 de julho de 2010

PEDIDO



Minha intenção ao escrever
É que meus poemas sejam lidos.
Admirados, rejeitados, interpretados... Não importa!
Mas gostaria que provocassem, de alguma forma.

Qualquer um tem o direito de não gostar, porém,
Não maltratem meu Pedido!
Nada justifica estraçalhar um verso,
Destruí-lo, assassiná-lo...
Nada justifica matar uma poesia.

Dito isso, faço agora um pedido:
Leia, viva, beba, rasgue,
Devore se sentir vontade!
Use, abuse e sinta a mágica!
Mas, por favor, não faça Análise Sintática.



(Laiana Vieira).

domingo, 25 de julho de 2010

[Re]começo



Desculpa se te amo demais! Mas é que eu acredito ser na dose certa. Para mim a dose certa é abundante, é sem medida.
Desculpa se te encho com minhas palavras doces e minhas letras coloridas, mas creio que todas as possíveis demonstrações de amor puro ainda são insuficientes. Preciso demonstrá-las agora, antes que tudo isso acabe. Não que eu queira e ou espere que tenha fim, porém tenho consciência de que tudo se modifica com o passar do tempo.
Façamos do início do nosso amor o início do nosso amor! Com essas palavrinhas ridículas mesmo que eu adoro [ler, escrever, ouvir] e com tudo de mais doce que possível for.
Façamos do meio desse nosso amor, o meio dele! Com declarações mais quentes sem deixar de lado o romantismo, com o doce mais aguçado ainda e com tudo de mais louco que vier à cabeça.
Façamos do fim do nosso amor...
Ah! Façamos do fim um [re]começo.
E quando estivermos cansados a gente vira tudo do avesso e aproveita o lado do amor que há.
Desculpa, mas vou continuar a demonstrar amor exagerado quando me der vontade se assim eu continuar a sentir. Ei de demonstrá-lo em doses bem altas, sem medo de gastar. E se for ficando tudo muito chato a gente inventa outra maneira de amar.



Dorme bem, meu anjo!

[Laiana Vieira.]

sábado, 17 de julho de 2010

Egoísmo seu



É puro egoísmo você me olhar de uma maneira tão penetrante, fazer-me sentir aquele friozinho na barriga e depois me deixar com o desejo de ter apenas os teus olhos a me observar.
É egoísmo seu, abrigar-me em teu colo e abraçar-me tão calorosamente a ponto de eu desejar apenas os teus braços a me proteger.
É puro egoísmo você me dizer coisas tão lindas e deixar-me no desejo de ouvir somente a tua voz a sussurrar em meus ouvidos.
Egoísmo é você me beijar tão fervorosamente a ponto de me fazer permitir que as tuas mãos deslizem sobre as minhas curvas e não deixar que mais ninguém o faça.
É egoísmo... Com tanta gente ao redor, fazer-me querer estar só com você.

(Laiana Vieira)

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Da arte de escrever

...
Se quiseres escrever
Não se preocupa com a rima ou com a forma do escrito...
Se quiseres escrever, de fato
Pensa apenas no sentimento que é o que há de mais bonito.
...
[Laiana Vieira]

domingo, 11 de julho de 2010

Da dor de amar de longe

Já não mais suporto ter você e não poder te olhar;
Ver-te sem poder tocar;
Tocar-te sem poder sentir;
Amar-te e te ver partir.

(Laiana Vieira)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Perdoa se chorei


Perdoa se chorei,
Mas é que não consegui segurar.
O teu cheiro já estava no meu corpo;
O teu riso, fotografado em minha mente;
Os teus olhos fixos em meu olhar...


Perdoa se chorei, amor!
É que paixão me deixa assim:
À flor da pele.
A tua boca tão próxima da minha;
E teu carinho derramado sobre mim.



Naquele momento eu não tinha muito o que falar.
Quando chorei não pensei nas flores...
Nem nas dores...
Na verdade, pensei no vazio que você estava prestes a deixar.


(Laiana Vieira)

A TV que tudo vê


As pessoas vão saindo de fininho...
Aos pouquinhos...
E quando notamos, estamos apenas eu, ela e a TV.
Aquela TV parece que tem olhos imbutidos em algum canto que nos vigiam o tempo inteiro.
Tem horas que sinto vontade de quebrá-la.
É que as pessoas gostam muito de assistir, sabe!
O filme de hoje até que é legal,
Mas eu prefiro teatro ao vivo!
-Espera! E quando as pessoas voltarem?
-Ah! A gente diz que não se deve contar o final.
[Laiana Vieira]

terça-feira, 29 de junho de 2010

FÚRIA



Jamais poderíamos imaginar
Que um dia o sol pudesse secar
O que a chuva banhou generosamente
Após tantos pedidos pra ela molhar.

Jamais alguém poderia saber
Que o desejo do sol voltar a nascer
Se fizesse presente em nosso destino
Depois dos muitos pedidos pra chuva chover.

Chove, chuva, mas de mansinho...
É que eu gosto tanto das flores.


(Laiana Vieira)

Mais que palavras


Eu acredito quando me falas...

É que antes de tua voz sair

Você já falou

E eu já senti...

Eu também amo você, viu?!

[Laiana Vieira]

Toca a vida

Toca Piano; toca Pandeiro; toca Violão...
Toca uma canção que toque o coração.
Bateria- Berimbau- Buarque,
Toca Baixo.
Mas toca alto para chamar a atenção!

Toca Guitarra, Flauta e Violino
Desde menino...
E tu aí, de olhar carente,
Se perguntando como pode esse tipo de gente
Que toca tudo e as vezes nada sente.

Sente a batida e TOCA A VIDA!
Que depois se aprende a tocar o resto.

Vão surgir calos nos dedos da mão... E vai ser bem divertido!

(Laiana Vieira).

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Triste poesia da vida

Os "Versos da vida" enchem-me de esperanças.
A poesia é a única coisa que me faz acreditar que viver valerá à pena.
Pois, a vida é tão triste. E possui momentos felizes apenas para aliviar as tensões.
A felicidade embaça, ofusca a dor em que estamos imersos o tempo inteiro. E nós nos apegamos a essas passagens achando que um dia tudo pode se repetir.
Hoje eu vivo os momentinhos felizes que me surgem e abraço cada um deles de maneira com que perdurem por mais algum tempo... Sempre que consigo, transformo-os em poesia.
Combino de encontrar com os amigos, almoço com a família, namoro e vou à festas quando posso, leio quadrinhos e livros divertidos sempre que sobra um tempo, como frutas e as vezes brigadeiro...
Penso que terei boas lembranças. Pelo menos tentarei ao máximo organizar as minhas palavras de maneira com que soem simples, leves ou cômicas.
E os momentos ruins! Ah! Esses, com o tempo viram tragicomédia, os contarei aos amigos numa rodinha de piadas em uma noite qualquer. E se não encontrar os amigos, escreverei umas crônicas e pronto.
Passar os dias assim faz-me esquecer a dor natural da vida. Não é tão simples, confesso.
O importante é não pensar na vida como um todo. Apesar de que nem sempre isso é possível. Pois, analisá-la assim não é nada fácil. Mesmo!
Quando penso na quantidade de dores e alegrias, de perdas e conquistas, a balança torna-se desequilibrada, pois, no fim da vida estamos sós. Como nunca gostaríamos de estar.
Os filhos voaram, com a ajuda dos próprios pais que não queriam que eles voassem para longe. Os amigos também seguiram seus rumos. Os pais se foram. A beleza... Bom, essa não dura mesmo por muito tempo.
Vivo momentos dolorosos com esperança e sempre pensando no que escreverei depois. É mais divertido.
Um belo dia paramos e olhamos o nosso espelho. Nem sempre vemos o que queríamos ver quando jovens, na maioria das vezes refletem-se velhos ranzinzas e reclamões, mas há uma explicação para isso: o fato de nos ter sido tirado o que um dia foi a nossa felicidade. Saúde, filhos, amores, amigos... Tudo se perde com o tempo. Não tem jeito.
E no fim, o que resta?
-POESIA!
Após o fim ela ainda permanece. Ainda bem que tenho companhia.
[Laiana Vieira]

sábado, 15 de maio de 2010

Bolhinhas de sabão

Água, sabão e canudo de mamão,
Não precisava muito para fazer a diversão...

Bolhinhas grandes, pequenas, coloridas,
Voavam soltas como se tivessem vida.

Vida curta e bastante passageira,
Mas distraíam as crianças durante uma tarde inteira.

Eram mágicas aquelas bolhinhas viajantes...
Umas flutuavam pouco, outras iam bem distante.

E bons tempos os que se viam tantas delas pelos quintais,
Hoje em dia só se criarem as bolhinhas virtuais.



(Laiana Vieira.)

Meu calor vai te bastar



De repente tenho a leve sensação de que os meus braços foram feitos especialmente para abrigar você.

Se isso for verdade não precisará de agasalho para este inverno.
[Laiana Vieira]

sexta-feira, 14 de maio de 2010

sábado, 1 de maio de 2010

Eu invisível


Me sento no banco da praça e fico a observar
Essa gente que passa fingindo diversão...
As vezes, por falta de opção,
Melhor não julgar ninguém.
Mas nem sempre,
Tem gente que parece sentir prazer em fazer das outras pessoas, tapete vermelho!
Consigo enxergar a expressão de dor daqueles que estão sendo pisoteados,
Mas não conheço ninguém.
Pois essa gente tem mania de se esconder por detrás de marcas e máscaras,
Se cobrem tanto do que não são que fica quase impossível reconhecê-las a olho nu.
Todos homogeneizados como numa mistura química.
Com igual personalidade...
É estranho!
E quando aparece alguém que não se enquadra,
Este, vira tapete.
Tenho medo de ficar sem saída e me tornar quem hoje critico.
Eu que estou aqui, de sandália de couro e camiseta branca,
Preciso dar o fora o mais rápido possível antes que alguém me veja.
Ah! Já ía esquecendo: SOU INVISÍVEL.

(Laiana Vieira).

sexta-feira, 30 de abril de 2010

DO VALOR QUE DEVEMOS DAR AO QUE CONQUISTAMOS, antes que a paz da vida seja arrancada de nós

Estava prestes a anoitecer, ele sentou-se no banco de madeira antiga a frente da sua casa, numa varandinha improvisada, com o chapéu de couro nas mãos. Olhava para longe, olhava a linha do horizonte, numa paisagem na qual predominavam os cactos esverdeados, uma terra seca e rachada, pedras pintadas e carcarás. Olhava e não acreditava no que via... Ele nada via. Nada além da secura de seu passado, que agora presente e tão provável futuro. Vida árdua! De tanto lutar com unhas e dentes, perdera os dentes, ganhara apenas calos nas mãos. Seus olhos permaneciam fixos no nada, suas mãos apertavam firmemente o couro que segurava e o vento batia em seu rosto enquanto ele pensava...
Sua amada lhe trazia um café que acabara de preparar. Ela, com sua saia cumprida, um lenço sobre os cabelos um tanto embranquecidos pelos anos que já vivera e uma bandeja nas mãos. Segurava a bandeja sob duas xícaras de barro escuro, espalhando pelo ar o vaporzinho cheiroso do café.
-O que estás a fazer, homem?
-Estou a esperar esse café quentinho e o aconchego seu!
Ela serviu o café, sentou-se ao seu lado, olhou-o nos olhos e perguntou com cansaço:
-Responda-me com franqueza, você acha que foi feliz ao meu lado?
Ele franziu um pouco a testa, tomou um grande gole de café, colocou a xícara no largo corrimão da varanda, olhou-a nos olhos, azulados como o céu de dia, arriou os ombros e sorriu... Sorriu de verdade, deu uma gargalhada inesperada, daquelas que mesmo sem dentes para compor o sorriso ainda se faz presente num momento tão singular. Ela, com expressão de incógnita, calou-se de vez! Ele suspirou, pegou na mão dela e exclamou:
-Fui o homem mais feliz desse mundo, mulher! Só por ter você ao meu lado! Acha que preciso de mais algo nessa vida?
Abraçou-a e continuou:
-Tudo que eu preciso, tenho. Uma casa só para nós, uma enxada para trabalhar, a melhor mulher do mundo e um cafezinho todo fim de tarde... Ah! Igual a esse cafezinho não existe não!
Ela, que antes insegura, agora sorria com seu marido... E começaram, os dois, a relembrar o tempo antigo. Namoricos no portão, festa de casamento, cenas de ciúmes, reconciliações...
O céu já azul marinho, todo coberto de estrelas a brilhar era o cenário perfeito de uma noite de luar no sertão...
Caminhando lentamente uma vizinha foi passando com seu pequeno filho nos braços, cumprimentou o casal dizendo "boa noite". Ambos responderam juntos como se tivessem ensaiado. A senhorinha sem parar de andar completou:
-E essa chuva que não vem?
Ele respondeu:
-Um dia ela chega, Dona! Um dia ela chega!
Sem mais nenhuma tentativa de puxar assunto a vizinha se foi.
Ele mal esperou sua mulher tomar todo o seu café e convidou-a:
-Vamos entrar mulher. Que hoje a noite vai ser "arretada"!
Animados, sorriram.
A porta se fechou!

Ele, assustado com o "boa noite" do segundo filho da vizinha que voltara de longe com uma lata d'água na cabeça, movimentou-se bruscamente procurando a xícara de café, e, rancoroso do passado, disse para si mesmo: - Que peste é que faço nesse banco? A mulher se foi há mais de oito anos e ainda sonho com ela! É o jeito parar de dormir.

(Laiana Vieira)

sábado, 10 de abril de 2010

Unidos pela poesia

Conheci um menino sonhador de olhos tristes. Era um poeta! Os óculos, muitas vezes, disfarçavam a solidão emitida pela íris, era, para ele, um disfarce, uma saída.
Conheci um homem corajoso de olhar amigo. Coração puro e ombro disponível apesar da sua carência de colo.
Incrível foi o amor ter surgido logo após um ou dois encontros de palavras. A poesia foi responsável por isso.
Planejamos um contato real durante tempos...
E enfim era chegada a hora...
Em meio a multidão que se alojava, os olhos curiosos a procura um do outro.
Um grito.
Era ele.
A corrida desenfreada e a vontade de sentir o calor do abraço pela primeira vez, já sentido tantas vezes em sonhos e pensamentos.
Não poderia ter sido mais perfeito!
E, uma vez, despido das lentes, mostrou-me os olhos e mal percebi que o que lhe faltava eram os óculos.
Eram lindos os seus olhos. De um brilho e uma transparência sem igual.
E nós fomos amigos até aquele dia.
Fomos amigos de verdade. Daqueles que se criticam e continuam a se amar.
Mas hoje...
Hoje, irmãos...
Irmãos de alma, coração...
E "sangue frio". [hehehe].

Existe amizade sincera e sem interesse entre um homem e uma mulher. E aos que não acreditam nisso, fica o meu desejo de que um dia aprendam a viver.

(Laiana Vieira).

domingo, 28 de março de 2010

Para alguém que amo muito

Um dia eu precisei de alguém para conversar... Eu nem tinha nada a dizer, mas ele puxou papo, aí falamos um monte de besteiras... E eu sorri.
Um dia eu precisei de alguém para ficar ao meu lado sem dizer uma palavra... Ele não disse nada, apenas com gestos de carinho, olhou-me nos olhos me transmitindo paz...
Um dia precisei de um abraço. Ele me deu um abraço bem forte e me ofereceu o seu colo.
Um dia eu precisei de alguém para rir comigo, ainda que não tivesse um motivo aparente... Rimos juntos até dar dor de barriga.
Um dia, precisei muito de carinho, mas não consegui abrir espaço para que alguém se aproximasse. Ele chegou bem de mansinho e invadiu o meu coração rapidamente com a força da sua delicadeza.
Um dia, quando eu não acreditava em mim, ele acreditou e me deu forças, assim como a minha mãe costuma fazer.
Um dia eu desejei ser amada... Ele disse que iria se declarar para mim, e eu até esperei frases feitas e cópias de falas de filmes de comédia romântica, mas fui surpreendida com a maneira com a qual ele conseguiu demonstrar um amor sem precisar de palavras.
Um dia eu me senti só. E quando menos esperei, ele esteve comigo, mas de uma forma que eu nem imaginava que ele poderia estar...
Ele conseguiu me fazer conhecer a grandeza das coisas mais simples da vida e me mostrou que a felicidade está nessas pequenas coisas... Ele conseguiu me fazer sorrir de nada, me fazer chorar feito criança, me fazer dizer "te amo", e me fez sentir muita saudade...
Ele conseguiu preencher um vazio, mesmo estando há quilômetros de distância...
Acho que ele é o amor da minha vida, né?
E agora eu desejo poder retribuir cada sorriso, o conforto de cada abraço, toda a paz transmitida, o amor e a felicidade de cada momento.
ESPERO TE FAZER FELIZ DO JEITO QUE VOCÊ ME FAZ!
Feliz aniversário meu amor.



(Laiana Vieira)

sexta-feira, 12 de março de 2010


Gostaria de descrever exatamente o "filme", que foi aquela nossa despedida...
Mas, sei que não será possível!
Foi único demais para reproduzir aquele momento em palavras,
Foi rico demais para tentar modificar e expor em uma história para quem quer que seja.
Tudo o que sei é que apesar de triste, foi maravilhoso...
Foi maravilhoso perceber que não era só eu que sentia, apesar de já imaginar isso há algum tempo,
Sinto aquele momento como o ápice da pureza do sentimento.
Foi bom saber que era real, e não um teatro que pudesse parecer emocionante e ou divertido...
Nós nem tínhamos público.
E nem somos tão bons atores assim,
A ponto de representar tão bem um momento vivido,
A ponto de mentir, só para agradar um ao outro e deixar por isso mesmo.
Isso não faz nenhum sentido.
Nós não precisamos de farça.
Do contrário, nada nos impediria de irmos embora de vez,
Não usamos correntes...
Estamos livres!
Livres como o vento que pode soprar para onde quiser,
Independente do sol ou da tempestade.
Estamos livres e preferimos nos prender!
Tem gente que chama isso de loucura,
Mas eu prefiro chamar de amor.
E se isso não é amor, um dia eu ainda descubro o que é, então.
Eu nunca entendi nada de amor mesmo, só sei que amo. E pronto!


(Laiana Vieira).

Carta a minha parceirinha



É incrível como o amor já existe antes mesmo de você nascer.
Passamos a imaginar tudo com a sua presença:
Filme agora, só infantil;
Música alta? Só se for de ninar;
Brinquedinho espalhado pela casa inteira.
Cheirinho de talco pelo ar...
Tudo vai ficando mais colorido, a cada dia.
Você, que já nos trouxe alegria,
Continua a nos deixar na curiosidade de ver como são os seus traços,
Se terá orelhas pequenas (risos, isso eu precisava comentar),
Com quem vai se parecer mais,
Se os seus olhinhos brilham tanto quanto o nome escolhido...
Christal!
Seja bem vinda ao novo mundo!
Aposto que você vai adorar ver a cara de bobão do seu papai,
A cara de orgulhosa da mamãe e a cara de feliz de todos nós!
Faz tempo que a gente te espera hein menina!
Um beijo. Titia Lai.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Tempos modernos

Ela hoje, aos dez anos de idade, após ter dado o seu primeiro beijo, às escondidas, se arruma e fica na frente da casa a observar cada movimento de folha que cai e cada poeira que voa na rua. Na esperança de ser aquele garoto que lhe roubara um selinho, no canto da casa da avó.
Foi-se o tempo das bonecas de pano, dos carrinhos de madeira e das rodinhas de ciranda nos quintais vizinhos... Foi-se a infância... A inocência.
Ela e suas amigas já estão cansadas de brincadeiras repetidas, de sujar os vestidinhos de laço fazendo bolinhos de lama e de despentear os cabelos nas corridas apostadas.
Bom mesmo é se exibir para os meninos, que nada entendem de moda e que só pensam em campeonato de videogame. Elas os acham uns bobos... Elas me acham careta.
Eu, que já nem me permito todo o tempo do mundo para brincar de macaco e jogar bolinhas de gude, tenho saudades dos meus dez anos em que eu não me preocupava com aparência e vivia a melhor época da vida.
Eu, hoje, velha, aprendo com as crianças e já duvido se elas o são.

(Laiana Vieira)

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Hoje eu só queria sair um pouco...

As vezes me sinto como um passarinho...
Passarinho preso na gaiola foi o que eu quis dizer!
Que tenta se acostumar com o pouco espaço em que vive,
Mas que sonha em voar bem alto,
Sonha em conhecer a outra parte do mundo.
***
Hoje sinto vontade de sair um pouco...
Ver a Lua, sentir o cheiro da noite...
Mas está tudo tão cheio lá fora,
Cheio de pessoas que sentem prazer em impedir a nossa diversão,
Cheio de prédios intermináveis que ofuscam a nossa visão.
Cheio demais.
Não sobra espaço.
***
Hoje, vejo a Lua através de um monitor,
Sinto o cheiro da noite em volta da minha janela.
Não tem graça!
Hoje eu só queria sair um pouco.
É, queria.


(Laiana Vieira)