domingo, 6 de dezembro de 2009

Certa vez eu aprendi...

Certa vez, eu, querendo seguir a um pensamento arcaico que nem sei como surgiu, disse: "a esperança é a última que morre". E ela me falou que não. Disse que quem morre somos nós, a esperança permanece.
Certa vez eu disse que tinha medo de amar. E ela me contou que não teria graça viver sem o amor. E se tivermos que correr riscos para sermos felizes, façamos sem pensar nas consequências!
Certa vez, tive medo de falar tristes verdades para não magoar ninguém. E ela me mostrou que eu devo falar tudo o que sinto para não magoar a mim mesma. E que, triste ou não, a verdade deve ser dita antes que seja tarde.


Hoje eu posso dizer que tive esperança nos momentos mais difíceis.
Posso dizer que amei e que amo, amo muito.
Posso dizer que ela estava certa, se eu não tivesse dito a verdade naquela oportunidade, talvez, eu não estivesse escrevendo estas palavras agora.
Agradeço a Deus por ter você comigo depois de tantos anos. Agradeço a você, minha amiga, por me ensinar como crescer.

[Laiana Vieira]

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Palavras e Silêncio

Quando todos querem me ouvir
Eu me calo!
Nada intencional,
Talvez, um bloqueio a ser quebrado.
Mas acho que as minhas palavras desordenadas e sem jeito
Não falam tudo o que os outros esperam ouvir...
Mas eu falo... Falo muito!
Falo tudo o que penso,
É só prestar atenção em meus olhos.




(Laiana Vieira).

Esse amor

"Prefiro morrer de saudade a morrer sem ter vivido um amor de verdade."



Laiana Vieira.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Das preferências... ["Só pra zuar"]


Todo mundo tem um autor preferido,
Uma música como trilha sonora,
Um filme que não esquece
E um livro vivo na memória.

- Eu prefiro ver a Lua.
- Eu prefiro o Pôr-do-sol.
- Eu prefiro o frio do inverno.
- E eu o calor do verão.
- Eu sou da noite, dos solitários.
- E eu do dia e da multidão.

E nós amamos os livros, as letras e os contos.
Música, cinema, literatura e arte.
Dores, amores. Encontros e desencontros.
Iguais, diferentes. Apenas em partes.

Todo mundo escolhe um amigo para ser irmão.
E prioriza uma estação do ano.
Tem uma cor para ser sua.
E preferência por... “um bibliotecário”.

E todo mundo perde tempo com um monte de besteiras;
Mas poucos fazem disso felicidade.


(Laiana Vieira e Aldecy Brasileiro)

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Dores e esperanças

E assim deu-se a nossa despedida...
O nó atravessado na garganta começara a apertar desde cedo. Desde quando conversávamos na cozinha, em volta da mesa vazia.
Eu evitava o contato visual seguido de palavras esperançosas de que tudo daria certo. Evitava, para que o sofrimento parecesse menor. Mas não era!
Eu tinha medo de chorar na frente dele! Não queria tornar ainda mais difícil a nossa dor, ainda que para isso precisasse me conter e sofrer em dobro, e sozinho.
Já do lado de fora da nossa casinha de tijolos, o sol ardia... E os meus olhos semi-fechados escondiam a vermelhidão das lágrimas que estavam prestes a cair.
Eu não sabia até quando iríamos aguentar segurar aquele nó cada vez mais apertado e sufocante. O pai também tentava não mostrar o quanto sofrera com a sua partida.
Tudo o que eu queria dizer naquele momento era exatamente: Eu o amo!
Mas as normalidades do contexto histórico não me permitiam tamanha sensibilidade.
Por que tudo tem que ser tão difícil?
A nossa dureza sentimental imbecil que não permitia que homem chorasse estragava tudo. Ainda que eu tivesse apenas onze anos de idade.
Aprendi certos costumes inúteis desde cedo, não queria contrariar.
As lágrimas ali contidas até o momento... Uma palavra e estragaria tudo!
Enfim, o abraço!
O abraço...
E os meus olhos já tão rasos d’emoções mútuas transbordavam...
Não consegui.
Não havia mais como.
Os soluços...
E o meu pai também chorou.
De nada adiantou conter as emoções por tanto tempo,
Mas foi um alívio para mim aquele momento.
Esqueçamos essas irregularidades e combinemos uma coisa: A partir de hoje nunca mais deixaremos de expressar os nossos sentimentos.
É tudo tão passageiro e depressa, não podemos perder tempo.
Não me esqueço do dia em que papai saiu de casa para ir em busca do nosso sonho. Nunca me esqueço que uma lágrima caíra dos olhos dele. Nunca me esqueço que um abraço ele me dera, talvez com medo de não mais me ver. Nunca me esqueço das suas mãos fortes e calejadas acenando um tchau tão doloroso e preciso. Nunca me esqueço da nossa coragem... Nunca, nunca me esqueço!
E ao ver que a sua imagem diminuía naquela estradinha barrenta, corri atrás dele como quem quisesse segurar as suas mãos e não deixá-lo ir embora...
Corri,
Corri até cansar...
Chorando...
Ele se foi...
Mas sei que voltará!


[Laiana Vieira]

domingo, 1 de novembro de 2009

Intertextualidades


No meio do caminho tinha uma rosa,
Tinha uma rosa no meio do caminho.
Mas, de tão depressa que passei,
Mal pude notar...
E quando voltei
Era tarde demais
A rosa já não estava lá.


A primavera também já havia passado,
Agora só lamento...
Por mim e pela rosa jogada ao vento
Que não foi apreciada como deveria ser


O que me conforta é pensar
Que o vendaval pode ter cuidado dela melhor que eu
E talvez, com a minha maneira singular de amar,
Poderia ter arrancado e a deixado morrer...
Mas é tudo muito injustificável!
Da próxima vez que eu encontrar uma rosa...
Apreciarei, mas não a tirarei do seu sustento
A trarei para a minha vida, sem arrancá-la do seu destino,
Isto se houver uma próxima vez!


Por isso, abra o seu coração
E preste bem atenção
Nos caminhos em que passar
A beleza está em todos
E as rosas, em todo lugar
Cabe a nós, sabermos observar
E não mais desprezar o que a vida nos reservou.


Nunca esquecerei que no meio do caminho tinha uma rosa...
E eu, apressado, escravo do tempo,
Não senti sua fragrância...
A perdi de vista.



[Laiana Vieira]



domingo, 18 de outubro de 2009

Anti conceituações fixas; ainda há tempo

Olhei pela janela,
O amor estava perto de chegar;
Via de longe seu movimento na estradinha de chão
E minha alegria se manifestou cá de dentro...
Corri para a porta;
Saí;
Nos encontramos ainda no caminho como num filme romântico.





-Chegada-

[Laiana Vieira]

domingo, 4 de outubro de 2009

A DOÇURA QUE É AMAR VOCÊ



Você me escolheu
Para eu preferir
você
Em meio a tantos
Como pôde?
Invasor!
Invadiu o meu coração sem que eu te desse a chave.
Como conseguiu?
E pacientemente fez com que eu te amasse...
Tanto...
De mansinho...
Na lentidão das horas que passam quando estamos longe
E na calma de uma tarde cinza
Isso me fascina!
Teu jeito doce que me faz não conseguir te odiar
E que só me faz te odiar
Por não conseguir amar a outro alguém...

Mas eu nem quero...
Você me abraça
E eu sorrio;
Você sorri
E eu te olho;
Você me olha
E eu me encanto;
Você me encanta
E eu te adoro.


EU TE ADORO!

“... Recebi o teu olhar como quem recebe flores...”


(Laiana Vieira)

sábado, 3 de outubro de 2009

Tudo na sua hora


Por vários momentos esquivei-me.
Tentei evitar que me tocasses,
Resisti ao máximo!
Pois eu sabia que sofreria...
Tentei ser forte e não desanimar
Para que não percebesses a minha fragilidade
E não se aproveitasses de mim.
Por mais que eu soubesse que essa hora iria chegar
Preferi levar os dias assim,
Escondendo-me!
E não foi fácil!
Mas no auge da minha carência,
Deixei-me levar por um abraço...
Esse contato imediato me contagiou...
E hoje estou aqui injuriada
Por que a maldita gripe me pegou!







(Laiana Vieira).

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Da acomodação




Não entendo!
Tem tanta água e sabão para que as pessoas limpem o que tanto reclamam de estar sujo...
Mas ninguém se atreve!
Definitivamente, não entendo!
O que foi?
Não olhem para mim.
(Laiana Vieira.)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Tentativa de resposta a algumas questões mal esclarecidas





Aquelas palavras mexeram muito comigo. E eu, no auge da minha impotência, repliquei, numa tentativa desesperada de mostrar que não era “aquilo que você estava pensando”...

E escrevo-te uma carta agora, na calma que sobra de um dia cheio e cansativo... Não que o choque tenha passado, não, ainda estou chocada com algumas coisas, e por isso resolvi escrever. Mas, com certeza não escrevo agora um daqueles “poeminhas” dedicados depois de um pedido. Assim como um pedido de desculpas. Nada! É bem mais que isso, escrevo-te na tentativa de dizer que eu te amo de verdade e fazer com que você entenda que não é menor o meu amor. Difícil!
Não sei se conseguirei, mas a tentativa é a melhor maneira de descobrir.
Eu sempre te amei!
Mesmo quando brigamos.
Eu sempre te amei!
Mesmo quando eu não consegui demonstrar que te amo.
Mesmo quando ficamos longe! Sempre te amei...

Quando eu disse que já havia te dado o meu coração há tempos, não menti. Eu te dei o meu coração numa das nossas conversas, te dei quando gravei numa fita umas palavras copiadas não sei de onde, te dei quando sorrimos, te dei quando chorei por ti e tive medo de te perder...
Pena que com a minha resistência, não consegui fazer você notar que o meu coração estava contigo. Pelo visto você não percebeu mesmo, mas te dei o meu coração. E ele está contigo até hoje... Está contigo agora!

Bom, você sabe o que é pior do que chorar por fora, derramar lágrimas?
Hoje descobri que pior que isso é chorar por dentro e ficar com a angústia martelando no juízo. Eu hoje chorei por dentro!
Já conheço a tua maneira de se chatear, de dizer que não gostou, já conheço, mas mesmo assim, fiquei chocada!
Palavras doem!
Não quero fazer “tempestade em copo d’água”, mas você sabe que quando se trata de um assunto tão delicado, precisamos destrinchar tudo e ao máximo para que não sobre nenhuma gotinha que venha a se tornar uma nascente.
Não é nada pessoal, você sabe muito bem disso, ainda que tente reclamar do nosso relacionamento, muitas vezes, embaraçoso.
Já passamos momentos difíceis, e deixar de colocar tudo “em pratos limpos” seria como repetir um momento ruim que passamos, acho que você vai lembrar. Mas esquece, momentos ruins não são para serem lembrados mesmo!

Olha, o que preciso que saiba é que não dá para comparar o tamanho do amor que sinto por ti e pelos outros. Não dá, é tudo muito diferente, são questões históricas...
E você acha que eu amo menos você só por causa de umas palavras dedicadas publicamente a outros amores? Tenho mesmo outros amores, mas não deves ter ciúmes disso, como eu já disse, é tudo muito diferente, não é para se comparar.
Meu amor vai muito mais além do que demonstrações públicas de afeto.
Claro que palavras dizem muito, não tudo, mas muito!
E hoje sinto-me impotente por não ter conseguido demonstrar o meu amor em versos, se era essa a maneira que mais te agradava.
Falhei!
Não que eu não tenha tentado...
Tentei!
E não foi uma nem duas vezes, foram várias, mas não sei o que acontecia... Já rasguei muitos papéis antigos, já tentei fazer canções, tentativas frustrantes as minhas, e só agora vejo que de nada adiantou. O tempo foi passando e as palavras se perdendo.
Mas o que é tentar? Tentar não é nada!
O seu questionamento não é injusto, mas é tão injusto... Se é que você me entende.


Eu amo você!
Isso não dá para mudar.


(Laiana Vieira. )










quarta-feira, 16 de setembro de 2009

"Quem ama sofre"

Sempre ouvi dizer que quem ama sofre!
Mas, o porquê eu nunca entendi.
Daí eu amei...
...
...e sofri.

(Laiana Vieira)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Reticências...


Me surpreende sabia?
Isso é bom.
Me divirto com as loucuras,
Fazem-me rir.
E romântica que sou
Penso que são loucuras de amor.
Que não sejam!
Mas servem,
Servem como se fossem...
E amo-te mais
Mais , mais, mais
Reticências
...


(Laiana Vieira) 02/09/09.




terça-feira, 11 de agosto de 2009

Azul, "a cor do amor"



Sei lá por que azul!
Enxerguei algo azul em teus olhos cor de mel...
Ou em seus lábios rosados?
Já nem sei!
Apelei para a roupa. Não era,
a roupa era amarela...
O cabelo também não poderia ser.
Estranho!
Sei lá por que azul!
Mas me chamou atenção...
De uma maneira que ficou gravado em minha memória,
Um azul que nem sei de onde, nem sei porque.
Vai ver era uma luz...
Alertando que eu amo você.
Azul, "a cor do amor"...
E eu já amo mesmo!

Obrigada pela tua sincera amizade!


(Laiana Vieira)

Quem sabe de outras vidas




"Agora ela se senta na carteira ao lado,

Aquela do cabelo enrolado...

De tão gentil, foi de mansinho

Escrevendo-me palavras de carinho...



Em três dias acabamos criando uma amizade de infância;

E escrevo assim, com “palavras de criança”

Para comparar com o nosso contato;

Tão simples, tão doce, tão raro...



Será mesmo que nos conhecemos nessas últimas vindas e idas?...



Quem sabe de outras vidas..."

(Laiana Vieira)

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Lembra daquela noite?




Naquela noite em que as estrelas eram testemunhas de nossas palavras e promessas...
Decidimos começar um novo capítulo do mesmo romance escrito há anos...

Naquela noite, resolvemos contar para o mundo que o amor não existe apenas em novelas e livros antigos.

E descobrimos os mesmos pensamentos e desejos em dois mundos diferentes...

Naquela noite, sorrisos,

abraços...

Um beijo.

Os sininhos não tocaram.
Não era mesmo conto de fadas.
Melhor que isso...

(Laiana Vieira)

quinta-feira, 5 de março de 2009

Matemática denovo não


Multiplicados os desejos;
Somadas as dúvidas e dívidas;
Diminuídas as oportunidades;
Divididas as dores...


Contas...
Problemas...
Cálculos...
Notas...


Kg...
m...
ml...
km... Ah, os km...
Corações à 1.000!







(Laiana Vieira).

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Dedicatória



Tentei escrever algo simples
Apenas algo que demonstrasse o meu carinho e admiração.

Algo que combinasse com o nosso encontro, regado de poesias e carícias melódicas.

Puro afeto,

Que até então, toca apenas à alma.

Mas, escrever para um poeta exige mais...

Exige muito mais cores;

Exige trilha sonora;

Exige cheiro de flores;

Enfim...

Escrevo para alguém que consegue transformar uma simples conversa em um livro de recordações;

Alguém que consegue transformar um simples comprimento, em poesia;

Amado!

Como pode?

Em tão pouco tempo e com um contato tão raro e distante...

Como ia dizendo... Escrevo para alguém que consegue!

Não se sabe como. E nem importa saber!

O que quero dizer é, que quando eu crescer, quero ser poeta como você.


(Laiana Vieira.)

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Coisa de momento



De repente tudo fica chato!
As coisas parecem meio sem cor;
Os sons sem harmonia;
Os dias sem valor;
Os sorrisos sem alegria;
E tudo parece estar fora de ordem...


De repente tudo se transforma!
As flores se tornam mais belas e perfumosas;
As histórias ficam mais interessantes;
Os sorrisos mais constantes;
Momentos, emocionantes;
E até me divirto vendo aqueles seriados que não cansam de repetir na tv...


De repente você sorri,
De repente você chora,
De repente vc chega,
De repente vai embora...
Que pena!


Sorrisos. Lágrimas. Incertezas. Esperanças...

Assim que vivemos, em fase de mudanças.










(Laiana Vieira)