domingo, 1 de novembro de 2009

Intertextualidades


No meio do caminho tinha uma rosa,
Tinha uma rosa no meio do caminho.
Mas, de tão depressa que passei,
Mal pude notar...
E quando voltei
Era tarde demais
A rosa já não estava lá.


A primavera também já havia passado,
Agora só lamento...
Por mim e pela rosa jogada ao vento
Que não foi apreciada como deveria ser


O que me conforta é pensar
Que o vendaval pode ter cuidado dela melhor que eu
E talvez, com a minha maneira singular de amar,
Poderia ter arrancado e a deixado morrer...
Mas é tudo muito injustificável!
Da próxima vez que eu encontrar uma rosa...
Apreciarei, mas não a tirarei do seu sustento
A trarei para a minha vida, sem arrancá-la do seu destino,
Isto se houver uma próxima vez!


Por isso, abra o seu coração
E preste bem atenção
Nos caminhos em que passar
A beleza está em todos
E as rosas, em todo lugar
Cabe a nós, sabermos observar
E não mais desprezar o que a vida nos reservou.


Nunca esquecerei que no meio do caminho tinha uma rosa...
E eu, apressado, escravo do tempo,
Não senti sua fragrância...
A perdi de vista.



[Laiana Vieira]



Um comentário:

Anônimo disse...

Oi minha flor!!!
Que sensível uma rosa dialogar com a pedra de Drummond!
Lai brilha mutcho!!! rs