domingo, 16 de janeiro de 2011

AMOR que cura AMOR

Hoje eu desejei sentar-me na areia e escutar o barulho das ondas desse mar tão livre. Desejei relaxar os meus ombros cansados e acalmar as batidas do coração. Sentia falta de você. Da tua voz, do teu amor, da tua graça e da presença ainda tão presente dentro de mim, mas já insuficiente para tanto amor que tenho a dar...
Hoje eu desejei estar contigo ou ao menos ouvir você dizer que me amava, das maneiras mais inusitadas e inesperadas, assim como nos velhos tempos.
No entardecer, fui até a praia e sentei-me onde as ondas molhavam apenas os meus pés. A brisa macia penteava meus cabelos e o cheiro vivo de natureza invadia-me a alma.
Os pensamentos voavam longe, assim como o vento que passava por mim e eu nunca sabia onde iria parar.
Meu coração batia como alguma melodia triste. Era a nossa distância que o deixava assim, a falta de abraços, de olhares e principalmente de palavras. Batia triste por causa da nossa ausência, e não pela falta de amor. Nunca reclamei por falta de amor entre nós, você é quem realmente soube me amar e transformou a minha vida numa poesia alegre e gostosa de se ler.
Mas aprendi que o amor sobrevive à distância, e não à ausência.
Seria, então, o fim?
Questões sem resposta me acompanhavam sem que eu as quisesse levar comigo.
Os meus olhos caídos se fecharam para uma respiração mais profunda. Foi quando senti uma mão leve tocar-me o ombro. Era um jovem de coração aberto, sorriso nos olhos e, nos lábios, sinceridade. Perguntou se podia se sentar ao meu lado, respondi que sim.
Ele tinha gentileza nas palavras e nenhuma malícia aparente. Conversamos um pouco. Não quis me fazer muitas perguntas...
Me fez sorrir algumas vezes. Tirou com delicadeza o cabelo que caía no meu olho. E passou calado, a observar comigo a linha do horizonte tão perfeita.
Foi tudo tão natural quanto o Sol que se escondia sem pressa, deixando no céu tantas cores, numa pintura que se transformava aos poucos e enfeitava o cenário natural.
Ficamos ali o restante da tarde...
E o fim virou mais um começo.



(Foto de RickIpanema, disponível em: http://www.flickr.com/photos/rickipanema3/3826596989/ )


Texto de: [Laiana Vieira] 16/01/2011.

Um comentário:

Wellington Felix disse...

Adorei seu blog, uma delicadeza de alma cuidando do arredor, há poesia derramada em cada texto.