quarta-feira, 3 de novembro de 2010

A UM AMOR QUE O TEMPO LEVA JUNTO À ELE*. Tornando-o cada vez maior à proporção que esse tempo passa pelas nossas vidas


Escrevo umas palavras tortas num papel reciclado e espero que o encanto que depositei se faça presente onde quer que você esteja na hora em que ler. Espero que os mesmos sentimentos que tomaram conta da minha alma, das minhas mãos e da caneta azul que segurei ao escrever, te presenteiem agora, invadindo o teu doce coração com a mesma paz que sinto só de pensar em ti. Espero também que só essa paz te acompanhe quando percorrer os teus olhos sobre as letras derramadas, e não esse vazio que me segue ao me lembrar que não te tenho aqui entre os meus laços e abraços, já tão teus.
Queria ter o poder de me tele-transportar... Com certeza eu estaria perto de ti ontem a noite, hoje de manhã, a tarde te faria uma visita surpresa e agora simplesmente eu estaria demonstrando todo o meu carinho com palavras faladas ao invés de escritas, melhor, não usaria palavra alguma, arrumaria outro jeito de demonstrar isso através de meus olhos, lábios e tato. Sei que você entenderia.
Escolho as palavras de maneira com que não se tornem frases de uma carta que, de tão romanticazinha, se torne brega demais para um romance do século XXI- ainda que não adiante muito-. É que 'cartas', 'amor' e 'cartas de amor' tem se tornado coisas antigas, distantes e bregas mesmo, não tem jeito.
Mas eu escrevo, deixando que o meu coração fale mais alto e não me importando com os clichês. Eu só quero que sinta o que deposito aqui. Ainda que eu não possa me tele-transportar, estar presente nas tuas manhãs ou poder te colocar para dormir à base de beijos e carícias, pode crer que estou contigo a todo momento. Estou contigo quando vou ao trabalho, quando escuto música alto ou baixo, quando vou à faculdade, quando pego o telefone, quando abro um livro, quando bebo água, quando eu respiro.
A cada palavra que escrevo imagens tuas transitam em minha memória. E eu posso ver os teus olhos de sempre que me fascinam ao encontar os meus, posso ver você sorrindo e brincando, posso ver nós dois dançando a sós na sala de estar, ver todas as tuas expressões, a tua alegria e chego até a sentir o teu sabor.
Algo inexplicável para uma jovem que começa a entender que nem tudo precisa fazer sentido, o amor existe no seu coração, e isso é o que basta.

Eu te agradeço, meu amor, por existir. E fazer parte de mim.

Dorme bem, meu anjo.
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(Laiana Vieira) 03/11/2010- 23h58min.

♪"As palavras saem quase sem querer,
Rezam por nós dois,
Tome conta do que vai dizer...
Elas estão dentro dos meus olhos,
Da minha boca,
Dos meus ombros,
Se quiser ouvir é fácil perceber..."
(Vanessa da Mata)

2 comentários:

Laiana Vieira disse...

Obrigada pela inspiração...

Jacquinha Nogueira disse...

Que lindo Lai, que esse amor se fortaleça cada vez mais, um narração tão sincera me levou a viajar até o destino da carta.
Não se renada aos clichês faça o que faça, faça com alma.
Assim como essa carta.
Abraços!!!