segunda-feira, 21 de junho de 2010

Triste poesia da vida

Os "Versos da vida" enchem-me de esperanças.
A poesia é a única coisa que me faz acreditar que viver valerá à pena.
Pois, a vida é tão triste. E possui momentos felizes apenas para aliviar as tensões.
A felicidade embaça, ofusca a dor em que estamos imersos o tempo inteiro. E nós nos apegamos a essas passagens achando que um dia tudo pode se repetir.
Hoje eu vivo os momentinhos felizes que me surgem e abraço cada um deles de maneira com que perdurem por mais algum tempo... Sempre que consigo, transformo-os em poesia.
Combino de encontrar com os amigos, almoço com a família, namoro e vou à festas quando posso, leio quadrinhos e livros divertidos sempre que sobra um tempo, como frutas e as vezes brigadeiro...
Penso que terei boas lembranças. Pelo menos tentarei ao máximo organizar as minhas palavras de maneira com que soem simples, leves ou cômicas.
E os momentos ruins! Ah! Esses, com o tempo viram tragicomédia, os contarei aos amigos numa rodinha de piadas em uma noite qualquer. E se não encontrar os amigos, escreverei umas crônicas e pronto.
Passar os dias assim faz-me esquecer a dor natural da vida. Não é tão simples, confesso.
O importante é não pensar na vida como um todo. Apesar de que nem sempre isso é possível. Pois, analisá-la assim não é nada fácil. Mesmo!
Quando penso na quantidade de dores e alegrias, de perdas e conquistas, a balança torna-se desequilibrada, pois, no fim da vida estamos sós. Como nunca gostaríamos de estar.
Os filhos voaram, com a ajuda dos próprios pais que não queriam que eles voassem para longe. Os amigos também seguiram seus rumos. Os pais se foram. A beleza... Bom, essa não dura mesmo por muito tempo.
Vivo momentos dolorosos com esperança e sempre pensando no que escreverei depois. É mais divertido.
Um belo dia paramos e olhamos o nosso espelho. Nem sempre vemos o que queríamos ver quando jovens, na maioria das vezes refletem-se velhos ranzinzas e reclamões, mas há uma explicação para isso: o fato de nos ter sido tirado o que um dia foi a nossa felicidade. Saúde, filhos, amores, amigos... Tudo se perde com o tempo. Não tem jeito.
E no fim, o que resta?
-POESIA!
Após o fim ela ainda permanece. Ainda bem que tenho companhia.
[Laiana Vieira]

3 comentários:

Jân Bispo disse...

Oh Lai que lindo, e triste ao mesmo tempo, eu me assuto com o quanto certas coisas tristes soam belas, enfim mas você desabafou tão lindo, tão suave, tão meigo, disse tantas verdades de uma maneira tão poetica, a vida é mesmo injusta, e ingrata ela nos tira tudo o que demoramos tempo e um tempo precioso para conquistar, passamos um tempão estudando, trabalhando, tentando encontrar um amor de verdade, tentando conquistar amigos e cultivá-los e quando parece que enfim consiguimos tudo muda e temos que recomeçar tudo, ao menos com as mudanças outras pessoas adentram nossa vida, vc foi um desses presentes do tempo e da vida para mim, e saiba que mesmo ausente fisicamente estarei presente em pensamentos e de coração meu bem!
amei ler isso aqui hoje, hoje está sendo um dia dificil para mim! mas saiba que vc conseguiu melhorar muito esse dia para mim! beijo

Heracton Sandes disse...

Magnifíco saber que a minha ex-aluna, hoje colega e grande amiga, tem praticado tão bem a arte de burilar as palavras... Vá em frente, minha poeta! Você merece os brios poéticos.. Te adoooro!

Inês Silva disse...

Laiana eu vim aqui para te falar do selo que dediquei ao seu blog, selo nesse blog a magia acontece, a dedicatória esta no meu blog.

*Amei seu post, gostei muito mesmo!
Nele parece que você não fala simplesmente da sua necessidade de escreve, mas também revela toda a fragilidade que está nessa necessidade e faz com que eu me identifique muito.


Parabéns! Sucesso...